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Novo instrumento de “HEDGE” do governo deve ter fundo garantidor

O novo instrumento de proteção cambial ou Hedge no jargão do mercado financeiro para
investidores de longo prazo, que está em elaboração pelo governo, contará com um fundo
para garantir, as operações. O tesouro trabalha para viabilizar a criação desse colchão, mas
ainda não foi definido se será administrado pelo Banco Central ou por outro banco público ou
privado.
O valor do fundo ainda será debatido, mas, segundo fonte a par das discussões, poderia
começar com algo em entre 4 bilhões e 5 bilhões de dólares e ir crescendo conforme a
demanda do mercado. Esse valor pode ser alavancado entre cinco e dez vezes.
Dessa forma, convertendo em reais, esse volume, seria suficiente para dar proteção a
operações na casa dos 200 bilhões, pois o instrumento vai utilizar um cálculo de probabilidade
de “perda máxima esperada”, semelhante ao que é feito em seguradoras tradicionais como de
automóveis e planos de saúde.
Na prática, na hora de conceder o financiamento ao projeto, o banco vai acionar a proteção
oferecida pelo governo e vai pagar uma taxa, que será repassada ao investidor. Assim o custo
total de capital ficaria abaixo do que é praticado atualmente no mercado.
O objetivo é ampliar a captação de recursos de investidores estrangeiros de longo prazo, que
atualmente reclamam da exposição e variação cambial no Brasil porque a proteção para
aportes com prazos superiores a dois anos no país é muito mais cara.
O governo quer atrair principalmente investimentos do chamado “Real Money”, com foco em
aportes para fomentar o setor produtivo e não para especulação. Além disso o novo
instrumento terá critérios para selecionar projetos mais sustentáveis, mas não vai excluir
propostas de transição.